Formato Olímpico
Below text in Portuguese and English
Ao todo, 40 surfistas — 20 homens e 20 mulheres — vão ao Japão para tentar uma medalha inédita. Cada país pode levar, no máximo, quatro representantes.
A disputa do surfe nos Jogos Olímpicos Tóquio 2021
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021 apenas a modalidade “mais tradicional” do surfe será disputada. O shortboard, pranchas que têm um tamanho médio de cinco pés e onze polegadas, é a modalidade mais popular do esporte e estará na disputa no Japão.
A praia de Tsurigasaki será palco da primeira competição de surfe dos Jogos Olímpicos.
No torneio inaugural do surfe na história dos Jogos Olímpicos, serão vinte atletas de cada gênero na chave. Eles serão divididos em cinco baterias de quatro competidores no primeiro round, com o primeiro e segundo colocados avançando direto para o Round 3, enquanto os terceiros e quarto colocados terão uma segunda chance no Round 2. Nesta fase de repescagem, serão duas baterias de cinco atletas, com os três primeiros avançando para o Round 3. Na última fase de grupos, serão quatro baterias com quatro atletas, com os dois melhores de cada chave avançando para a fase de quartas de final, onde a partir dali a disputa será atleta x atleta para definir os medalhistas.
Brasil em Tóquio
Gabriel Medina, Italo Ferreira, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb são responsáveis por representar o Brasil na praia de Tsurigasaki, no Japão, e conquistaram as vagas através do Circuito Mundial de Surf da Liga Mundial de Surf, a WSL.
O surfe no Brasil
A chegada ao Brasil do surfe, que se tornaria uma das mais populares modalidades do país, aconteceu graças a turistas americanos. Na década de 30, o esporte começou a ser praticado, principalmente na cidade de Santos, no litoral paulista, e em 1938 foi fabricada a primeira prancha 100% nacional, com auxílio do americano Thomas Ernest Rittscher, um dos principais responsáveis por difundir a pratica no país.
Em 1952, um grupo de atletas cariocas, formados por Paulo Preguiça, Jorge Paulo Lehman e Irencyr Beltrão, começou a praticar a modalidade em praias cariocas, e graças à popularidade que foi crescendo anualmente na cidade, foi fundada em 1965 a primeira entidade de surfe no Brasil, a Associação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro, organizando em outubro daquele ano o primeiro campeonato de surfe em terras brasileiras.
Apesar disso, só em 1988 o surfe foi reconhecido como esporte pelo Conselho Nacional do Desporto. Atualmente o esporte é gerido pela Confederação Brasileira de Surfe (CBS). Do passado aos dias de hoje, o Brasil se tornou uma das maiores potências na modalidade, que fará sua estreia Olímpica nos mares japoneses. Aliás, o país vive de longe sua melhor fase no esporte, onde os surfistas nacionais ganharam inclusive o apelido de “Brazilian Storm” da imprensa americana devido a onda de surfistas nacionais que vem se destacando a nível internacional, conquistando inclusive inúmeros e inéditos títulos mundiais.
Gabriel Medina, para muitos o grande nome da modalidade atualmente, é responsável pela conquista do primeiro título mundial do país em 2014, repetindo o feito em 2018, o único bicampeão mundial brasileiro até agora. Gabriel estará em Tóquio junto com Ítalo Ferreira, atual campeão mundial e um dos favoritos ao ouro no Japão após vencer o ISA Games, torneio disputado no ano passado, também no Japão, com ondas parecidas às que serão encontradas na disputa olímpica.
A briga pelas duas vagas do surfe brasileiro para os Jogos Olímpicos foi extremamente acirrada entre os homens, deixando nomes como Felipe Toledo, quarto do mundo na atualidade, Adriano de Souza “Mineirinho”, vencedor do título mundial em 2015, e Willian Cardoso, que possui títulos de etapa no circuito, de fora da equipe Olímpica.
Do lado feminino, o Brasil se destaca com duas grandes surfistas que brigarão de igual pra igual pelas medalhas contra as favoritas americanas e australianas. Silvana Lima, vencedora de quatro etapas do circuito mundial e vice campeã da temporada de 2009, chega com sua experiência e o vice-campeonato do ISA Games de 2019 em seu currículo para brigar por uma medalha.
Ao lado de Silvana, está Tatiana Weston-Webb, gaúcha de Porto Alegre que cresceu no Havai e representou o estado americano no circuito mundial até o 2018 – No mundial de Surf, o Havai compete como nação independente. Falando um bom português e com foco nos Jogos, Tatiana decidiu representar o Brasil visando estar no primeiro pódio olímpico da história do surfe. Contando com os quatro olímpicos, o Brasil foi campeão mundial por nações no ISA Games 2019, concorrendo contra todos os melhores países do mundo. Gabriel, Ítalo, Silvana e Tati estão entre os principais postulantes a medalha do esporte brasileiro em Tóquio.
Olympic format
In all, 40 surfers - 20 men and 20 women - go to Japan to try an unprecedented medal. Each country can have a maximum of four representatives.
The surf dispute at the Tokyo 2021 Olympic Games
At the Tokyo 2021 Olympic Games, only the “most traditional” form of surfing will be played. Shortboard, boards that have an average size of five feet and eleven inches, is the most popular sport and will be up for grabs in Japan.
In the inaugural surfing tournament in the history of the Olympic Games, there will be twenty athletes of each gender in the bracket. They will be divided into five heats of four competitors in the first round, with the first and second placed advancing straight to Round 3, while the third and fourth placed will have a second chance in Round 2. In this recap phase, there will be two heats of five athletes, with the first three advancing to Round 3. In the last group stage, there will be four heats with four athletes, with the two best of each group advancing to the quarterfinals phase, where from then on the competition will be athlete x athlete to define the medalists.
Brazil in Tokyo
Gabriel Medina, Italo Ferreira, Silvana Lima and Tatiana Weston-Webb are responsible for representing Brazil on the Tsurigasaki beach, in Japan, and won the places through the World Surfing Circuit of the World Surf League, WSL.
Surfing in Brazil
The arrival in Brazil of surfing, which would become one of the most popular modalities in the country, happened thanks to American tourists. In the 1930s, the sport began to be practiced, mainly in the city of Santos, on the coast of São Paulo, and in 1938 the first 100% national board was manufactured, with the help of the American Thomas Ernest Rittscher, one of the main responsible for spreading the practice in the country.
In 1952, a group of athletes from Rio de Janeiro, formed by Paulo Preguiça, Jorge Paulo Lehman and Irencyr Beltrão, started to practice the sport on Rio beaches, and thanks to the popularity that was growing annually in the city, the first surfing entity was founded in 1965 in Brazil, the Surfing Association of the State of Rio de Janeiro, organizing in October of that year the first surfing championship in Brazilian lands.
Despite this, it was only in 1988 that surfing was recognized as a sport by the National Sports Council. Currently the sport is managed by the Brazilian Surfing Confederation (CBS). From the past to the present, Brazil has become one of the greatest powers in the sport, which will make its Olympic debut in the Japanese seas. In fact, the country is living by far its best phase in the sport, where national surfers have even earned the nickname "Brazilian Storm" from the American press due to the wave of national surfers that has been standing out at the international level, winning even countless and unprecedented world titles. .
Gabriel Medina, for many the great name of the sport today, is responsible for winning the first world title in the country in 2014, repeating the feat in 2018, the only two-time Brazilian world champion so far. Gabriel will be in Tokyo together with Ítalo Ferreira, the current world champion and one of the favorites for gold in Japan after winning ISA Games, a tournament played last year, also in Japan, with waves similar to those that will be found in the Olympic dispute.
The fight for the two waves of Brazilian surfing for the Olympic Games was extremely fierce among men, leaving names like Felipe Toledo, fourth in the world today, Adriano de Souza “Mineirinho”, winner of the world title in 2015, and Willian Cardoso, who has stage titles on the circuit, from outside the Olympic team.
On the female side, Brazil stands out with two great surfers who will fight equally for the medals against the American and Australian favorites. Silvana Lima, winner of four stages of the world circuit and runner-up of the 2009 season, arrives with her experience and the runner-up of the 2019 ISA Games on her resume to fight for a medal.
Next to Silvana, is Tatiana Weston-Webb, a gaucho from Porto Alegre who grew up in Hawaii and represented the American state on the world circuit until 2018 - In the Surfing World Championship, Hawaii competes as an independent nation. Speaking good Portuguese and focused on the Games, Tatiana decided to represent Brazil aiming to be on the first Olympic podium in the history of surfing. Counting the four Olympians, Brazil was world champion by nations at ISA Games 2019, competing against all the best countries in the world. Gabriel, Ítalo, Silvana and Tati are among the main contenders for the Brazilian sport medal in Tokyo.
Rádio Mineira a rádio oficial do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tókio.
Rádio Mineira the official radio of Brazil in the Olympic Games of Tokyo.