Canoagem
Atletas da Canoagem slalom nos Jogos olímpicos de Tokio 2020
Feminino
Ana Sátila (C1 (canoa) e K1 (caiaque))
Masculino
Pepê Gonçalves (K1 caiaque)
Na canoa slalom, os competidores navegam em uma canoa ou caiaque em um curso de corredeiras, passando por uma combinação de portões a montante e a jusante em corredeiras de rio no menor tempo possível. O percurso tem cerca de 250m de extensão e contém no máximo 25 portões, com seis ou oito portões a montante. O percurso é projetado para que os competidores o concluam em cerca de 95 segundos.
No caiaque, o competidor fica sentado e usa um remo de lâmina dupla, remando em lados alternados. Na canoa, o competidor usa um remo de lâmina única e senta-se com as pernas dobradas na altura dos joelhos e dobradas sob o corpo, remando do lado esquerdo ou direito.
Nos Jogos Olímpicos, cada competidor completa duas voltas na fase de qualificação e o tempo mais rápido das duas voltas dá o resultado da qualificação. Os 20 melhores competidores em caiaque e os 15 melhores em canoa avançarão para as semifinais, onde farão uma corrida. Os dez semifinalistas mais rápidos competirão na final, e a classificação e os medalhistas serão determinados apenas com base na última corrida.
As competições de canoagem Slalom começam no dia 25 de julho. As finais acontecem dia 26 de julho para canoa masculina, 27 de julho para o caiaque feminino, 29 de julho na canoa feminino e 30 de julho acontece a final do caiaque masculino.
Os Atletas
Ana Sátila começou a remar aos nove anos, por influência do pai. E se tornou o principal nome da canoagem slalom brasileira. Foi a mais jovem integrante da delegação brasileira nos Jogos de Londres 2012 e, com 16 anos, e aos 20 anos, teve sua segunda experiência olímpica, no Rio 2016. Em Jogos Pan-americanos, Ana Sátila já soma três medalhas de ouro e uma de prata após participações em Toronto 2015 e Lima 2019.
Pepê Gonçalves iniciou no esporte com 10 anos, em um projeto social no Rio Paranapanema. O primeiro contato com a canoagem foi na velocidade, mas logo depois se identificou com o slalom, onde alcançou resultados inéditos para o Brasil. Cursou cerca de três anos de fisioterapia, mas interrompeu a graduação um ano antes dos Jogos para se dedicar exclusivamente à preparação olímpica. Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, ficou na sexta colocação no K1. Em Jogos Pan-americanos já são três medalhas, sendo duas de ouro em Lima 2019, e uma de prata em Toronto 2015. Em 2020, com o bronze no K1 em Ljubljana (SLO), se tornou o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha em provas olímpicas em uma etapa de Copa do Mundo da modalidade.
Atletas da Canoagem Velocidade nos Jogos olímpicos de Tokio 2020
Canoagem velocidade
Isaquias Queiroz - C1 1000m e C2 1000m (canoa dupla e canoa individual)
Jacky Godmann - C1 1000m (canoa dupla)
Vagner Souta - K1 1.000m (caiaque)
A velocidade é a chave nas competições de canoagem de velocidade com força, habilidade e estratégia também necessárias para vencer a batalha na água.
A canoagem sprint ocorre em um curso de águas calmas, com várias canoas decolando ao mesmo tempo e competindo entre si até a linha de chegada.
Originalmente conhecida como 'corrida em águas calmas', a canoagem de velocidade era um esporte de demonstração nos Jogos de Paris 1924 antes de se tornar parte do programa olímpico em Berlim 1936, com nove provas masculinas em distâncias de 1.000 me 10.000 m. A primeira prova feminina, o caiaque, aconteceu nos Jogos de Londres 1948. Eventos de longa distância, incluindo 10.000m, não aconteciam desde Roma 1960, com a distância mais longa agora de 1.000m.
Na canoagem de velocidade, dois tipos de barcos são usados: canoa (C) e caiaque (K).
Na canoa, os remadores competem ajoelhados usando um remo de lâmina única. Em contraste, um remador de caiaque compete sentado usando um remo de lâmina dupla. Os remadores de caiaque dirigem com os pés usando um leme, enquanto não há leme em uma canoa, então os atletas devem usar o remo para dirigir. Ao contrário do remo, em que os barcos correm para trás, tanto as canoas quanto os caiaques se movem para a frente.
Destaque para provas em que brasileiros competem têm finais dia 3 de agosto na Canoa Masculino - Dupla 1000 m e Caiaque Individual Masculino - 1000 m, e no dia 7 de agosto tem final da Canoa Individual Masculino - 1000 m.
Atleta em destaque
Isaquias fez história no Rio 2016 ao se tornar o primeiro atleta brasileiro a conquistar três medalhas olímpicas em uma mesma edição dos Jogos, conquistando duas pratas e um bronze. A grande virada em sua carreira ocorreu quando o COB contratou o espanhol Jesús Morlán, que levou a equipe brasileira de canoagem velocidade para treinar e morar em Lagoa Santa (MG).